A fratura no punho representa quase 15% de todas as fraturas do corpo humano e causa dor, inchaço e hematoma na região.
O Punho é a articulação que une o antebraço à mão. Ele é formado pelos ossos do rádio (lateralmente), da ulna (medialmente) que nesta região é chamada de parte distal e dos ossos do carpo (oito ossos pequenos: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, capitato, hamato, trapézio e trapezóide).
A fratura mais comum do punho é a do rádio distal e, inclusive, usamos o termo “fratura de punho” como sinônimo da fratura desta estrutura.
Dessa maneira, ao longo deste artigo vamos explicar um pouco mais sobre esta lesão específica que representa quase 15% de todas as fraturas do corpo humano.
A fratura de punho geralmente ocorre após um trauma (pancada), sendo o mais comum a queda sobre a mão espalmada.
Todavia, pode ocorrer também em acidentes de alta energia, como os automobilísticos ou de moto.
Existem dois picos de incidência para fratura do punho: crianças que ainda estão com seu esqueleto em formação e apresentam áreas mais suscetíveis à fratura e idosos, sendo mais comum em mulheres.
Com o aumento de acidentes de trânsito, surge um terceiro grupo de pessoas que sofrem estas fraturas, os adultos jovens.
Além disso, existem alguns fatores de risco para a ocorrência da fratura de punho, sendo eles: ser do sexo feminino, ter osteoporose e/ou sofrer quedas sobre o punho.
Quais os sintomas destas fraturas?
Os sintomas das fraturas no punho são, principalmente, a dor, inchaço e hematoma que podem estar associados a deformidade na região do punho.
Um ponto importante a ressaltar é que os dedos podem se mexer normalmente ou até com dificuldade pela dor.
Assim, é um engano achar que se o membro está mexendo ele não está quebrado.
Isso porque, os responsáveis pelos movimentos são os músculos ligados aos ossos pelos tendões.
Então, dependendo da região onde a fratura ocorreu, o movimento pode acontecer normalmente.
Como será o tratamento para as fraturas de punho? A cirurgia pode ser necessária?
O tratamento das fraturas pode ser conservador (não cirúrgico) ou cirúrgico. A escolha irá depender do tipo de fratura, das lesões associadas, da idade do paciente, de sua profissão ou demanda funcional e das suas expectativas.
No geral, tratamos as fraturas sem desvio ou com pequenos desvios que podem ser colocados e mantidos no lugar com o gesso, com imobilização e sem cirurgia. A imobilização (gesso) geralmente deve permanecer por volta de 45 dias.
Já as fraturas que apresentem sinais de instabilidade (que avaliamos pelos exames de imagens), desvios ou lesões ligamentares associadas necessitarão de tratamento cirúrgico.
A escolha da estratégia cirúrgica vai depender de uma série de fatores e deverá se adequar à fratura, ao paciente e à preferência do médico.
Assim, poderemos usar muitas estratégias, como pinos intra ósseos, parafusos, placas mais parafusos, fixadores externos ou uma mistura de técnicas.
Além disso, podemos realizar a cirurgia em regime de hospital-dia, isto é, o paciente opera e pode ir para casa no mesmo dia.
Devemos lembrar que o tempo de consolidação do osso não muda se o paciente opera ou não.
Todavia, os movimentos e a reabilitação podem ser iniciados precocemente e, às vezes, até no pós operatório imediato da cirurgia.
Em média, quanto tempo demora para o paciente se recuperar?
O acompanhamento após a fratura de pulso deve ser feito de perto com seu ortopedista que irá solicitar a execução de radiografias seriadas.
Inicialmente, as avaliações serão semanais e depois mensais.
Normalmente, com 2 semanas há a formação do calo fibroso (mole) na região afetada e com aproximadamente 6 semanas há a união do osso.
No entanto, ele ainda não estará consolidado, pois a consolidação com depósito de cálcio e formação do calo duro pode demorar vários meses.
Dessa maneira, liberamos as atividades progressivamente dependendo da sua fratura e do tratamento realizado.
No tratamento conservador, aguardamos 6 semanas para iniciar os movimentos do punho sem carga (sem peso) e, conforme for aparecendo a calcificação, a carga vai sendo liberada.
No geral, precisamos de cerca de 3 meses para liberação de carga total e de 5 a 6 meses para realização de algumas atividades mais intensas.
Já no tratamento cirúrgico os tempos irão variar bastante dependendo da técnica utilizada e da fratura. Em alguns casos, o movimento sem carga (peso) pode ser liberado de imediato no primeiro pós operatório e a carga iniciada com 6 semanas.
Como vimos, a fratura de punho ocorre com certa frequência e seu tratamento vai depender muito de cada caso.
O mais importante é você procurar atendimento de uma ortopedista especialista em mão caso sofra um trauma na região e tenha dor, mesmo que consiga movimentar a mão e os dedos.
Dessa maneira, podemos fazer um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento o quanto antes, evitando complicações.
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