A lesão por esforço repetitivo (LER) é um conjunto de patologias que resultam da movimentação repetida, sendo uma das maiores causas de afastamentos do trabalho.

Diversas atividades podem causar a LER e, por isso, é importante conhecer um pouco mais sobre esse assunto para adotar as melhores medidas de prevenção.

O que é a lesão por esforço repetitivo? 

Podemos considerar como LER qualquer patologia que ocorra devido esforços repetitivos, por exemplo: 

  • Tendinites;
  • Bursites;
  • Epicondilites (dor nos cotovelos);
  • Lombalgia (dor nas costas);
  • Mialgia (dores musculares).

Dessa maneira, essas doenças atingem músculos, tendões e nervos e provocam inflamações que são causadas pela sobrecarga nessas estruturas.

Quem costuma apresentar LER?

A LER é bastante comum em trabalhadores que fazem esforços repetitivos de diversas naturezas, como por exemplo:

  • Costureiras e artesãos;
  • Trabalhadores de linhas de produção;
  • Pessoas que trabalham com digitação por longos períodos;
  • Operadores de máquinas;
  • Esportistas.

Além disso, estas lesões costumam acometer mais as mulheres e pode afetar também pessoas que tenham algum hobbie que demande movimentos repetitivos.

Quais as causas e sintomas da LER?

A lesão por esforço repetitivo, como dissemos, é sempre causada pela repetição de movimentos que sobrecarrega estruturas corporais.

Então, essa sobrecarga provoca pequenos traumas na musculatura e nos tendões e, como consequência, desencadeia uma inflamação ou até a compressão de algum nervo.

Os principais sintomas são as dores e inchaços nas regiões submetidas aos esforços repetitivos.

Além disso, estas lesões podem causar aumento da temperatura local, formigamentos, fraqueza e diminuição da capacidade funcional da região acometida.

Como é o diagnóstico da lesão por esforço repetitivo? 

Realizamos o diagnóstico das lesões por esforço repetitivo a partir da história detalhada do paciente e exame físico.

Assim, durante a consulta buscamos compreender sua atividade profissional e seus hobbies para avaliar se eles levam a movimentos e esforços repetitivos.

Além disso, realizamos exames físicos e, quando necessário, solicitamos exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância magnética.

Tratamento da lesão por esforço repetitivo

Após compreender qual o tipo de lesão o paciente tem, podemos definir qual o tratamento mais adequado.

Em geral, poderemos adotar diversas modalidades de tratamento, por exemplo:

  • Uso de medicamentos;
  • Fisioterapia;
  • Infiltração;
  • Imobilização;
  • Adequação do local de trabalho.

Além disso, em alguns casos pode ser necessário o afastamento temporário da atividade que causou a lesão, sendo possível voltar às atividades assim que a inflamação tiver cedido.

O tratamento cirúrgico costuma ser mais raro, mas pode ser necessário em alguns casos, como na síndrome do túnel do carpo, tendinite de quervain e dedo em gatilho.

Como prevenir a lesão por esforço repetitivo?

A prevenção sempre será a melhor alternativa tanto para profissionais como para quem tem algum hobbie que demande esforços repetitivos.

Assim, o ideal será sempre evitar situações que provoquem sobrecarga nas estruturas do corpo, por exemplo, adequando a ergonomia do local de trabalho.

Além disso, é fundamental fazer alongamento e fortalecimento das estruturas mais demandadas.

Outro ponto fundamental é fazer pausas periódicas na atividade para descansar, além de massagear a musculatura local.

Inclusive, muitas empresas já investem em ginásticas laborais com objetivo de corrigir a postura e proporcionar as condições necessárias para prevenir a LER.

Agora, caso você já sinta dores, não demore em procurar auxílio médico especializado.

Isso porque, quanto antes você iniciar o tratamento, maiores as chances de obter resultados favoráveis.

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Dra Marina Justi Pisani

Formada pela Faculdade de Medicina do ABC e especializada em cirurgia de mão pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

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